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Nascimento de Quinoa

No dia 3 de abril, por volta das 4h00 da madrugada, a nossa querida Hera entrou em trabalho de parto. Não era uma novidade, pois esta era a segunda vez que a Hera ia ser mãe. O parto correu muito bem e rapidamente tivemos a alegria de ter perante nós uma nova burranca. A ligação entre as duas foi imediata, tendo a Hera, mais uma vez, demostrado ser uma mãe atenciosa e carinhosa com a sua cria.
No entanto, a Quinoa, nome que demos à nova burranca, nasceu frágil e rapidamente nos chamou à atenção o facto de estar a demorar mais tempo do que o habitual a pôr-se a pé e a mamar. Foi preciso fornecer-lhe um conjunto vitamínico e concentrado de colostro para lhe dar as forças de que precisava. Além disto, a mãe tinha agalaxia (falta de secreção láctea), tendo sido preciso começar um tratamento para que iniciasse a produção de leite. Perante a falta do colostro materno e sabendo a sua importância para a sobrevivência dos recém-nascidos, vimo-nos obrigados a dar colostro congelado. Este foi previamente aquecido em banho maria, e dado à burranca, para que a Quinoa começasse a absorver as imunoglobulinas que necessitava para lhe conferir imunidade.
Muitas horas e preocupações depois, vimos o esforço recompensado. Por volta do meio dia, a Hera já tinha leite e a Quinoa tinha ganho a força necessária para mamar diretamente da sua mãe. Atualmente, ambas caminham saudáveis e felizes pelos lameiros do CVBM.

Alguns cuidados neonatais fundamentais nos recém-nascidos
As primeiras 24 horas da vida do burranco são fundamentais para a sua sobrevivência, por isso devemos estar muito atentos a vários sinais para o caso de ser preciso solicitar apoio veterinário. É vital para o burranco mamar o colostro (primeiro leite da mãe) nas primeiras 2 a 4 horas de vida, de forma a haver uma transferência de imunidade entre a mãe e a cria. Os recém-nascidos devem beber um total de 1 a 3 litros de colostro nas primeiras 12 horas de vida. É também muito importante proteger o burranco do frio, dispondo de uma curriça ou coberto e, por vezes, utilizar toalhas ou cobrejão térmico para secar e aquecê-lo. O umbigo deve ser desinfetado nos primeiros dias de vida para evitar infeções. Para isso, devemos fazer imersão do umbigo em solução de iodo a 2% (Betadine) duas vezes ao dia, durante os primeiros 2-3 dias de vida.

Saiba mais sobre cuidados nos neonatos aqui: https://www.aepga.pt/area/bem-estar/campanhas-de-bem-estar/cuidados-neonatais/